EXEMPLO “HERMANO”


O sucesso da reciclagem de automóveis na Argentina pode repetir-se do nosso lado.

A cada 100 carros que deixam de circular no Brasil, só 1,5 tem destinação adequada. Com tal índice, falar em reciclar automóveis parece distante, mas não é preciso ir longe para se inspirar em um modelo bem sucedido. Basta ver como os argentinos estão tratando com o devido cuidado da “aposentadoria” de seus veículos.

Existem 29 centros legalizados de reciclagem, eles nasceram após a edição de uma lei feita para coibir o roubo de carros. No auge da crise político-econômica de 2002, elevou-se a criminalidade drasticamente: 30% dos homicídios eram ligados ao roubo de veículos. “Em 2000 havíamos feito um primeiro projeto de reciclagem, mas foi rejeitado porque as seguradoras temiam a máfia dos desmanches ilegais”, afirma Fabián Pons, diretor do Cesvi Argentina e responsável pelo centro que é referencia no país. “A lei foi uma solução para um problema social e também trouxe ganhos econômicos e ambientais”.

Todo ano a Cesvi Argentina recebe cerca de 2.200 carros condenados, vindos de oito seguradoras, que recebem 40% da receita obtida. Cada veiculo é “descontaminado” e tem até 15 tipos de peças recuperadas (exemplo abaixo). “Só usamos a carroceria e a mecânica motriz”, diz Pons. Partes ligadas à segurança, como freios e suspensão, são enviadas para empresas que podem reaproveitar o material, assim como pneus (usados na produção de cimento) e fluidos (queimados em caldeiras). Os 1,5 milhão de dólares aplicados tiveram retorno em 30 meses e, em setembro, será aberta uma filial. Que bons ventos tragam sementes dessa idéia para o nosso lado da fronteira.

RECICLADO É MAIS BARATO:


Exemplo:

GM Classic - Capô Original 450,00 - Reciclado 220,00
Citroën C4 - Porta Diant. Original 1.100,00 - Reciclado 640,00
Ford Focus - Para-Lama Original 195,00 - Reciclado 75,00
*Valores em Pesos Argentinos.

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