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Kia Cerato x Honda City

Um confronto entre dois automóveis pode ter muitas questões subjetivas (qual é mais macio, bom de dirigir etc.), mas a comparação da lista de equipamentos é sempre um critério justo e objetivo. E nele o Cerato vence o City de lavada. Para este comparativo, escolhemos a versão top de linha do Kia (EX) com câmbio automático, que custa R$ 57 900 e briga com a opção de entrada do City, a LX AT (R$ 60 010). Não, você não leu errado. É a versão básica do City contra a mais completa do Cerato. “Mas não seria mais justo usar o City EX?”, pode perguntar você. Seria, se ele fosse mais barato.

Por esse valor, ambos trazem de série ar-condicionado, direção assistida, vidros, travas e retrovisores elétricos, airbag duplo, CD player compatível com MP3 dotado de entradas auxiliar e USB, banco com regulagem de altura, computador de bordo e alarme na chave. O Cerato começa a abrir vantagem por ter itens exclusivos como ar-condicionado digital, comandos do som no volante, repetidores de seta nos retrovisores, freios ABS (antitravamento) com EBD (distribuição da força de frenagem), faróis de neblina e rodas de liga leve de 16” (as do City têm 15”).
O City revida trazendo assistência elétrica de direção (mais confortável em manobras) e coluna regulável em altura e profundidade (a do Cerato pode ter apenas a altura acertada pelo motorista). Mas o Cerato é mais bem acabado e traz no interior requintes como revestimento do câmbio e do volante de couro, detalhes de aço escovado e tons mais claros nas portas, painel e bancos. Além disso, o Kia é R$ 2 110 mais barato na comparação das versões avaliadas. Aqui, a matemática foi cruel com o carro da Honda e deu vantagem total ao Cerato.

O City, apesar de ter 10 cv a menos, parece mais ágil na cidade graças ao seu câmbio automático de 5 marchas – o Cerato traz uma caixa de 4 velocidades. No modelo da Honda, o motorista não sentirá “buracos” na hora que exigir força do motor em rotações médias, sensação que causa certo incômodo no Kia.

Em compensação, quando o pé vai ao fundo, o Cerato sai na frente, como comprova o tira-teima da pista. Vamos primeiro às retomadas. Beneficiado pelo câmbio, o City vai de 60 km/h a 120 km/h em 12s4, enquanto o Cerato precisa de 13s1. Se ambos saírem do zero, porém, o Kia levará vantagem até os 100 km/h, marcando 11s8 contra 12s3.

Na hora de abastecer, a vantagem volta ao carro da Honda, que pode usar tanto álcool como gasolina em qualquer proporção misturados no tanque. Com o combustível vegetal, o City automático bebe 6,3 km/l na cidade e 8,3 km/l na estrada (média de 7,3 km/l). O Cerato, com gasolina, faz 7,3 km/l e 10,6 km/l (8,9 km/l no combinado). Gasta menos, mas exigirá mais do bolso do motorista.

Com um pacote mais completo por um preço significativamente inferior, o Cerato compensa o fato de não ser flex e pertencer a uma marca menos tradicional e vence o City apoiado principalmente no custo/benefício e em seu interior sofisticado e bem acabado.

Comparativo - Challenger R/T, Mustang GT e Camaro

Há pontos em comum entre eles: são cupês de duas portas, com porta-malas salientes e motores V8 com tração traseira e câmbio manual. Além disso, todos têm preços mais ou menos próximos e o mesmo DNA de dinossauro.

Dos três, o Mustang, claro, tem uma jornada mais longa. Depois do sucesso que fez nos 60, o cupê da Ford tornou-se o anêmico Mustang II dos 80, que teve apenas algum apelo quando a modelo Farah Fawcett Majors dirigiu um com os olhos fechados. Mas, o Mustang renasceu com fôlego renovado. Essa versão 2010 agrada, seja pelo desenho bem resolvido, ou por causa do interior completamente novo, ou ainda pela força do motor V8 de 315 cavalos (o mesmo da versão Bullit).

No ano passado, a Dodge resolveu ressuscitar o Challenger, que saiu de linha em 1974. E manteve aquele olhar de poucos amigos da versão original, que estrelou no filme “Vanishing Point” em cenas de alta velocidade. Na versão R/T, vem com motor 5.7 Hemi e câmbio manual de seis marchas.
Mas o mais novo cupê do trio é o recém-lançado Camaro da nova geração. Deixou de ser fabricado pela GM em 2002 e agora volta com uma plataforma completamente nova, mas sem abandonar suas raízes e com linhas estilosas assinadas pelo sul-coreano Sang Yup Lee. Na versão SS, conta com um V8 de 426 cv e rodas de aro 20 polegadas que escondem parte dos freios Brembo com pinças de quatro pistões.
Apesar de ser o mais pesado e de não estar equipado com motor mais potente da linha, o Challenger R/T fez 0 a 100 km/h em 5,1 segundos e atingiu 400 metros, saindo da imobilidade em 13,6 segundos, com o velocímetro marcando 168,8 km/h. O motor Hemi é uma maravilha, com sobra de força. Ótimos bancos, mas a posição de dirigir é de um sedã. Linha de cintura alta, para-brisa grande e interior escuro são características que fazem do Challenger um autêntico muscle car.


O Mustang GT com seus 315 cavalos tem menos potência que os rivais, mas mostrou ser bastante ágil. A aceleração de 0 a 100 km/h foi feita em apenas 4,9 segundos, com os primeiros 400 metros percorridos em 13,5 segundos, cravando 167,7 km/h no velocímetro. A ausência de uma sexta marcha não faz falta e o motor gira com suavidade, mesmo perto do limite de rotação, acariciando os ouvidos como uma música bem afinada.


Com 50 cavalos a mais que o segundo modelo mais potente desse comparativo, o Camaro é quem dá as ordens quando o assunto é desempenho. Faz 0 a 100 km/h em 4,7 segundos e percorre 400 metros em meros 13 segundos, tempo suficiente para atingir 178,6 km/h. Quando equipado com câmbio manual, o carro vem com controle de arrancada, em que basta engatar a primeira, atingir 4.000 rpm e soltar a embreagem para o carro saltar como um rojão.

A leveza do Mustang também foi um fator importante na prova de aceleração lateral. Fez nossos pescoços entortarem com 0,95g, completando o circuito padrão em oito,marcado por cones, em 25,5 segundos. O Camaro SS quase chegou lá, com 0,90g e 25,8 segundos. E bem longo disso, ficou o Challenger, com seus 0,82g e 27,5 segundos.


Nas frenagens, o Camaro foi o vencedor, graças aos seus freios Brembo com pinças de quatro pistões. Vindo a 100 km/h, parou em 32 metros, ante 32,9 m do Mustang e 41,1 m do Challenger.

Em último lugar, o Dodge Challenger R/T. O terceiro dos três, mas bem atrás. MacKenzie diz: “Apesar do peso, você acaba gostando desse carro, que parece uma moto Harley Davidson por ser bom para passear e ter fabricação cuidadosa”. “Mas se resolver acelerar para valer, o Challenger não conseguirá acompanhar os outros dois rivais”, completa Lohn.

Com o segundo lugar...Ford Mustang GT. Ed Loh explica “O carro nos conquistou pela direção bem precisa, por mostrar excelente estabilidade e interior arrojado, além do motor primoroso”. “Os 45 anos de experiência da Ford em fabricar o Mustang também ajudaram a chegar no acerto dessa nova geração”.

E a vitória vai para...Chevrolet Camaro SS 2010. A precisão de responder aos comandos foi determinante. Tudo bem que seu porta-malas é menor que o dos rivais, mas isso não vai influenciar na compra de um esportivo. É o mais potente dos três e o mais bem fabricado, além de ter um visual arrebatador. E mais: vem bem equipado.