
Cougar (“puma”, em português) era uma analogia felina à palavra mustang, uma raça de cavalos selvagens. Cupê sem colunas centrais, sua silhueta lembrava a do Mustang, mas dianteira e traseira tinham um caráter todo próprio. Os faróis vinham escondidos por uma falsa extensão da grade de frisos verticais, imitados pelas grandes lanternas horizontais.

O Cougar XR-7 1968, tem conta-giros, acabamento imitando madeira, bancos de couro, cintos de segurança de três pontos, ar-condicionado, direção hidráulica. Não é fácil manobrá-lo com as largas colunas C e sem retrovisor direito. O câmbio automático oferece engates precisos, curto em baixa velocidade, mais longo com maior aceleração. Ajuda a aproveitar os 210 cv do V8 de 4,9 litros. A suspensão é um pouco dura, devido ao feixe de molas atrás, e, nas curvas, tem leve tendência a sair de traseira.
Reestilizado para 1969, o Cougar ganhou versão conversível. No meio do ano chegou a versão Eliminator, mais potente e agressiva no visual. Em 1974 a Mercury desvinculou seu cupê do Mustang, tirando sua esportividade latente. O Cougar se tornou, então, uma variação do médio Ford Torino.
Quando em 1977 o Thunderbird também passou a derivar do Torino, o Cougar ganhou versões sedã e perua de quatro portas, auge de sua descaracterização. A Mercury voltou a oferecer sua versão Mustang em 1979, com o Capri, mas teve reação morna. A partir de 1980, por mais que tivessem desenho diferenciado e viessem só como cupê, Thunderbird e Cougar seriam projetos parelhos, com o Mercury sempre à sombra do Ford. Duraram até 1997. A febre Mustang havia baixado fazia tempo quando a Mercury desistiu de investir no seu herdeiro do clássico pony-car.

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