Camaro SS 396 - 1967

A GM ficou olhando a Ford por mais de dois anos e 1,3 milhão de Mustangs antes de responder ao desafio do carro pônei. Quando o fez, o Chevrolet Camaro SS 396 1967 ganhou credibilidade instantânea de muscle car, carro superpotente.

Desde o começo, a Camaro apresentou uma edição SS (Super Esporte) como um forte contragolpe para o Mustang GT. Isso acrescentou US$ 211 aos US$ 2.572 do Camaro Esporte cupê ou US$ 2.809 do conversível. Foram incluídos amortecedores e molas mais firmes, pneus de seção larga, capô com imitação de saídas de ar e faixa decorativa ao redor do extremo frontal do carro. Muitos compradores combinaram isso com o pacote RS (de Rally Sport), que ao custo de US$ 105 acrescentava faróis ocultos.

Um novo V8 de 350 polegadas cúbicas (5,7 litros) com carburador quádruplo, de 301 cv, era o motor de série do SS. Com câmbio de quatro marchas e diferencial com relação 3,31:1, o SS 350 testado pela revista Motor Trend foi de 0 a 96,5 km/h em 8 segundos e fez o quarto de milha em 15,4 segundos, a 144 km/h. Isso era diretamente comparável aos tempos do Mustang GT, com seu V8 de 390 polegadas cúbicas (6,4 litros) e 340 cv.








Alguns meses depois, com as vendas do ano-modelo em curso, a Chevy lançou o SS 396, que inicialmente vinha com motor de 330 cv custando US$ 263 a mais que a linha SS. Ainda naquele ano, a variante L78, de 380 cv, era oferecida por US$ 500. Como o L78 violou a norma da GM que impedia qualquer carro - exceto o Corvette - de ter menos que 4,5 kg por cv de relação peso/potência, ele tecnicamente era listado como opção instalada em concessionárias (algumas delas, especialistas em alto desempenho, instalariam também o V8 de 427 polegadas cúbicas (7 litros), de mais de 400 cv). Os Camaro SS 396 vinham de série com câmbio manual de quatro marchas; o câmbio automático de três marchas era uma opção de US$ 226.

Com um inadequado conjunto de suspensão traseira por molas semi-elíticas e uma montagem quase vertical dos amortecedores, todos os Camaros V8 tinham eixo traseiro que trepidava muito sob aceleração forte. Com mais peso sobre a dianteira e torque adicional, os 396s sofriam mais ainda. Porém nenhum rival era mais rápido.

A virada da década, produz a chamada segunda geraçâo de Camaros, que apenas mantém o conceito estrutural de construção, mas que estética e mecanicamente recebe muitas modificações, com fortes influências de fabricantes europeus. Além do novo visual, um V8 de 350 polegadas, mais forte (360 cavalos) e ainda uma opcional de 396 polegadas e 375 cavalos para o SS.

Os anos seguintes para o Camaro foram de relativa "crise" para o modelo que teve suas vendas abaladas pela subida do preço do petróleo fazendo o consumidor optar por veículos que consumiam menos. Somado a isto, medidas anti-poluição fizeram acabar com os grandes V8, em 1972 o fim da produção do SS e em 73 o surgimento do Camaro LT privilegiando mais o luxo e o conforto e menos a potência, dando lugar inclusive aos motores 6 cilindros em linha, menos potentes e mais econômicos.









E foi assim durante mais alguns anos, durante os quais as novidades foram poucas e restrigiram-se basicamente à modificações estéticas e novos acessórios no modelo LT, inclusive disponibilizando um pacote chamado Rally Sport, produzindo um carro mais acessível ao consumidor e que em 1977 fez novamente as vendas ultrapassrem as 200 mil unidades. Em 11 de Maio de 1978, o Camaro de número 2 milhões sai da unidade de Van Nuys e encontra-se até hoje com um revendedor GM.

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